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Degrau a degrau...

Olhei para trás
não sei o que vi.
Parecia nevoeiro,
não o segui.

Algo se aproximou,
nada senti.
Não soube o que era,
só sei q fugi.
Tropecei num degrau,
quase cai.
Forças nas pernas,
eu recebi
E uma voz mágica
A sussurrar-me eu ouvi:
“Sobe esta escada
degrau a degrau
sem medos nem hesitações.”
Não sei como, nem porquê
aqueles degraus eu subi
Alcancei o cume duma montanha
E nele senti,
a recompensa do percurso
que um dia empreendi.
Depois da árdua conquista,
disse enfim,
orgulhosa de mim:
“Tudo consegui
porque uma voz eu segui.
Não adormeci,
os obstáculos sempre venci,
e na escuridão não desisti.
E melhor do que tudo
é saber que vivi.”

(Outubro 1998)



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/literatura/index.php?print=1&article_id=33

Inserido em: 1999-11-29 Última actualização: 2009-10-30

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Temas > Viver
Poemas
Autores > Cristina Rodrigues





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