Food Revolution, O que é a Revolução Alimentar?

No seu livro “The Food Revolution” John Robbins descreve o que o fez trocar o império dos gelados, criado pelo seu pai, pelo caminho que decidiu seguir:

“O sonho de uma sociedade em paz com a sua consciência, porque respeita, e vive em harmonia, com todas as formas de vida. Um sonho de pessoas vivendo de acordo com as leis naturais da Criação, estimando e cuidando do ambiente, conservando a natureza em vez de a destruir.

Não é apenas um sonho meu. É, realmente, o sonho de todos os seres humanos que sentem um compromisso com a Terra como sua, e sentem a nossa obrigação de respeitar e proteger o mundo em que vivemos. Em algum grau, todos nós partilhamos este sonho. No entanto, poucos de nós estamos satisfeitos por estarmos a fazer tudo o que é necessário para isso acontecer. Quase ninguém está consciente do quão poderosos os nossos hábitos alimentares são, na possibilidade de tornar este sonho realidade. Não percebemos que, de uma maneira ou de outra, o que comemos tem um impacto tremendo

(...)

“Escrevi The Food Revolution para fornecer informação sólida e credível na luta para alcançar um mundo onde a saúde das pessoas e a comunidade da Terra é mais importante que as margens de lucro de qualquer indústria, onde as necessidades humanas básicas prevalecem sobre a ganância empresarial. Escrevi este livro para que possamos ter uma informação clara em que basear as nossas escolhas alimentares.

Há ainda forte crença na sociedade que os animais e o mundo natural só têm valor se puderem ser convertidos em rendimentos, que a natureza é uma comodidade humana. E que o sonho americano é o de consumo ilimitado.

Por outro lado, muitos de nós acreditam que os animais e o mundo natural têm valor apenas pelo facto de estarem vivos. Que a natureza é uma comunidade à qual pertencemos e à qual devemos as nossas vidas. E que o sonho americano é um sonho de compaixão ilimitada.

(...)

Não há muito tempo, uma mãe americana ficaria mais preocupada ao saber que o seu filho, ou filha, era vegetariano do que se ele ou ela fumasse. Não há muito tempo, alimentos biológicos apenas poderiam ser encontrados em lojas especializadas; níveis de colesterol de 300mg/dl eram considerados normais e os pacientes nas unidades de cuidados coronários dos hospitais eram alimentados com bacon e ovos e tostas com margarina e compota ao pequeno-almoço. Não há muito tempo, as pessoas que se alimentavam com comida saudável, que eram amigas do ambiente, e que não causavam sofrimento aos animais eram consideradas paranóicas pela saúde, ao passo que as que comiam alimentos prejudiciais à saúde e que causavam o sofrimento animal eram consideradas normais. Mas tudo isto está a mudar.

(...)

Não acredito que sejamos consumidores isolados, alienados do que nos dá a vida e condenados a provocar uma grande desordem neste planeta. Acredito que somos seres humanos, imperfeitos mas a aprender, tropeçando mas, de algum modo, a caminho da sabedoria, por vezes ignorantes mas aprendendo com tudo isto a viver com respeito por nós próprios, pelos outros e com toda a comunidade da terra.

(...)

Que todos possam ser alimentados. Que todos possam ser curados. Que todos possam ser amados.”

 


Sobre o autor:
John Robbins é filho do fundador do império de gelados Baskin & Robbins, e desistiu do império para se concentrar na sua escrita e na promoção de um estilo de vida saudável e conscencioso.
Autor do best-seller "The Food Revolution" e ainda dos livros "Diet for a new America" e "Healthy at 100", John Robbins é também um brilhante orador tendo sido orador principal em várias conferências em diversos países.

 

Referência:
The Food Revolution
, de John Robbins
http://www.foodrevolution.org

 

(Tradução: Joana Alves)



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/literatura/index.php?print=1&article_id=611

Inserido em: 2010-06-07 Última actualização: 2010-06-07

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Comentários



Comida Viva! Uma revolução em Portugal!

Em Portugal tem sido uma tarefa árdua divulgar as vantagens da Comida Viva.

Suponho que de uma maneira muito parecida com a divulgação do vegetarianismo em anos passados.

Na verdade a ideia de comer cru ainda não é suficientemente apelativa. Porem, quem prova gosta, isso é certo.

Com a abertura do primeiro espaço totalmente CRUDIVORA, vamos consegui apresentar pratos "comerciais" elaborados ao momento, com requinte "gourmet" para angariar o máximo de pessoas possíveis.

Usamos pouquíssimo sal, um fio de azeite virgem, muitas ervas aromáticas, produtos 100% biológicos.

A proposta do restaurante Bem-Me-Quer foi irrecusável, oferecer o primeiro andar para todas as segundas o Almoço ser Raw Food. Não foi preciso pensar duas vezes e em 15 dias arrancamos. Entretanto até temos o pulso do mercado estamos trabalhando com um único menu por dia, mas brevemente será "a la carte" visto a confecção dos pratos demorar de 5 a 8 minutos.

John Robbins, tem muito mérito, principalmente por abdicar do negocio da família (é que negócio!!), mas ou olhamos para a nossa saúde agora, ou então poderá ser muito tarde.

Se ainda tiver alguma dúvida, entre em um centro comercial, qualquer um, olhe bem para as pessoas e principalmente para as crianças que estão em qualquer fast food, é impressionaste.
Estas crianças deveriam ser o nosso futuro.
Temos de assumir nossos erros e repor a saude prioritariamente em nossas casas!!!


(Por: Marcia Brandão Almeida)

[Por: @ 2010-06-08, 14:37 | Responder | Imprimir ]






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