Actualmente, a humanidade está perante um problema que dificilmente será resolvido se as pessoas não se consciencializarem de que todas as suas acções, sejam elas quais forem, têm consequências. E nós, que nos dizemos seres racionais, temos o dever de ter em conta as consequências antes de tomar qualquer atitude ou decisão.
E isto é válido tanto para o nosso relacionamento com os outros indivíduos como com o planeta.
Embora à partida essas consequências nos pareçam, em certos casos, insignificantes, a longo prazo, podem ser desastrosas, é como uma avalancha, basta uma pequena brisa no topo da montanha para despoletar o movimento de uma enorme massa de gelo.Nos relacionamentos com os outros, para além de não nos ajudarmos mutuamente, temos ainda a frieza de prejudicar o próximo para o nosso próprio conforto.
Nesta situação estamos “apenas” a prejudicar directamente (uma) outra pessoa, mas ao interferirmos com a Natureza essa nossa acção ir-se-á reflectir em todos os ecossistemas a médio-longo prazo e aqui sim já se torna num problema alarmante que afecta toda a vida do planeta.
Se pensarmos um pouco, veremos que toda a vida que existe hoje é fruto de uma evolução de biliões de anos e de uma Força Divina a que muitos chamam Deus.
O Homem também provém dessa evolução, dessa Força, portanto não é mais nem menos do que qualquer outro ser vivo, mas insiste em pensar que tudo o que existe no planeta (inclusive) é propriedade sua e como tal usa e abusa desse poder que atribuiu a si próprio. Ele destrói todos os tipos de vida do planeta sem a menor consideração e respeito por eles, aniquila tudo o que é verdadeiramente sagrado e divino e o que é mais incrível, em nome do progresso e da evolução da humanidade. Mas que progresso e que evolução?... Da morte? Da destruição? Do caos?
O homem devia era ajoelhar-se e agradecer por viver e poder participar desta fantástica Obra da Criação.
Falando agora um pouco de actualidade, a Câmara Municipal de Sesimbra tem em mãos um plano para o Concelho em que o principal objectivo é criar uma comunidade sustentável, ou seja, viver dentro das capacidades do planeta. E tem como intuitos a conservação da fauna e flora, usar energias renováveis, zero emissões de carbono, entre outros. À partida parece ter havido aqui uma boa vontade política, mas em certa parte do relatório consta o seguinte: “Objectivos e metas a 20 anos”. Ora se Portugal não atingiu as metas do Protocolo de Quioto creio que estas só serão alcançadas daqui a uns 50 anos.
Quero com isto dizer que a humanidade não está de todo preocupada com a vida do planeta, por isso cabe àqueles que respeitam a vida (vegetarianos e veganos) lutar, divulgar e consciencializar os outros; é difícil mudar mentalidades sobretudo a cultura, mas nisso o tempo dar-nos-á uma ajuda desde que comecemos a divulgar hoje... Temos que ser a mudança que queremos ver!
Antes de me tornar vegetariano já me preocupava com todas estas questões que abordei aqui de um modo genérico, e só não dei o primeiro passo há mais tempo por falta de conhecimento sobre este assunto. A realidade para mim era que necessitava de me alimentar de animais, embora muitas vezes tivesse relutância em comer carne, e chegou uma altura em que já era um sacrifício enorme.
Hoje penso para mim mesmo que fui uma vítima da cultura, mas felizmente as tecnologias de informação facilitam muito o acesso à informação e foi principalmente no Centro Vegetariano que obtive todas as respostas que procurava. A minha mudança para o vegetarianismo foi repentina, um dia era omnívoro no dia seguinte já era vegetariano. Já passou mais de um ano desde essa mudança e nunca tive problema algum por ter mudado tão radicalmente, pelo contrário, com esta alimentação sinto-me mais leve, como menos quantidade e aumentei a minha resistência física no desporto (actualmente pratico BTT). Além disso as análises ao sangue estão excelentes!
Resumindo, a principal razão que me levou a evoluir para esta filosofia de vida (vegetarianismo) foi sem dúvida, como já disse no início, o respeito pela vida.
Para terminar, quero propor a todos os que lerem este meu testemunho a procurarem num dicionário o significado da palavra “humano”... Já repararam que esta palavra, para além de classificar a espécie humana, também é sinónimo de bondoso e benigno?
Na minha opinião, “humano” deveria ser um antónimo destas duas palavras! - Ao pensar nisto, estou novamente a ir contra tudo o que a sociedade me impõe, será que sou eu que estou errado?...
Ou será que as pessoas têm a capacidade de raciocinar e não fazem uso dela no seu dia-a-dia, limitando-se a ser umas meras marionetas comandadas por esta sociedade consumista, egoísta e hipócrita?...
As pessoas na maioria das vezes, não raciocinam porque existe sempre um caminho mais fácil, aquele de onde se obtém resultados mais rapidamente, mesmo que indo por essa via se prejudique toda e qualquer forma de vida (incluindo nós “humanos”).
Nós temos a capacidade de pensar (ou devíamos), a obrigação de evoluir de uma forma inteligente, mesmo que isso implique optar por caminhos que nos pareçam à partida mais difíceis...
Na matemática o caminho mais curto entre dois pontos é uma recta, na vida o melhor caminho nunca é uma recta.
(André Cunha, 25 anos, vegetariano desde 2005, estudante de Engenharia Informática e Computadores no IST)
Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/index.php?print=1&article_id=397
Embora esteja totalmente de acordo, reconheço que raras são as pessoas que passam tão rapidamente de um regime alimentar para outro completamente diferente, sem terem algumas recaidas pelo meio. A grande maioria das pessoas não o faz nem mesmo quando a sua própria saude está em risco e dificilmente o fazem por questões "humanas", como muito bem lhes chamou.
É isso que a observação me tem mostrado.
Não acho mal que a mudança de regime alimentar seja feita de forma gradual ( eu assim o fiz) uma transição natural, que demora algum tempo e onde se vai substituindo gradualmente determinados alimentos. Mas também não acho mal que seja feita de uma forma brusca, rápida. Acho contudo que em ambos os casos tem de haver uma base sólida para esta mudança, pois nem sempre vai ser fácil. Existem sempre aquelas ocasiões, como os jantares de natal ou almoços de "negocios", em que todos olham de lado quando dizemos ser vegetarianos. Mas pior do que olhar de lado é o facto de, por vezes, não haver alternativas á carne ou peixe.
Por isso acho muito importante que a passagem para o regime vegetariano seja como reflexo de uma nova actitude perante a vida, quer seja ela de ordem espiritual, ambiental, humana ou de saude ou outra.
Acima de tudo acho que a necessidade de deixar de comer outros animais ou produtos de origem animal faz parte de um processo evolutivo e enquanto a especie humana não evoluir o homem continuará a ser predominantemente omnivero.
Como tal não há que mudar somente a alimentação mas sim toda a nossa postura neste mundo.
Olá,
Na minha opinião ninguém tem recaídas com uma mudança brusca na alimentação, desde que a faça com consciencia dos nutrientes que precisa em cada refeição. Há muita gente que infelizmente ainda pensa que os vegetarianos só comem saladas, estas pessoas obviamente têm grandes hipóteses de ter problemas de saúde ao tentarem EVOLUIR para uma alimentação vegetariana, pois certamente não fazem ideia de que uma salada não tem hidratos de carbono nem proteinas...
Qualquer pessoa que APRENDA a alimentar-se, não terá problemas nenhuns em mudar repentinamente para o vegetarianismo
andre
> Embora esteja totalmente de acordo, reconheço que raras são as pessoas que
> passam tão rapidamente de um regime alimentar para outro completamente
> diferente, sem terem algumas recaidas pelo meio. A grande maioria das
> pessoas não o faz nem mesmo quando a sua própria saude está em risco e
> dificilmente o fazem por questões "humanas", como muito bem lhes chamou.
> É isso que a observação me tem mostrado.
>
> Não acho mal que a mudança de regime alimentar seja feita de forma gradual
> ( eu assim o fiz) uma transição natural, que demora algum tempo e onde se
> vai substituindo gradualmente determinados alimentos. Mas também não acho
> mal que seja feita de uma forma brusca, rápida. Acho contudo que em ambos
> os casos tem de haver uma base sólida para esta mudança, pois nem sempre
> vai ser fácil. Existem sempre aquelas ocasiões, como os jantares de natal
> ou almoços de "negocios", em que todos olham de lado quando dizemos ser
> vegetarianos. Mas pior do que olhar de lado é o facto de, por vezes, não
> haver alternativas á carne ou peixe.
>
> Por isso acho muito importante que a passagem para o regime vegetariano
> seja como reflexo de uma nova actitude perante a vida, quer seja ela de
> ordem espiritual, ambiental, humana ou de saude ou outra.
>
> Acima de tudo acho que a necessidade de deixar de comer outros animais ou
> produtos de origem animal faz parte de um processo evolutivo e enquanto a
> especie humana não evoluir o homem continuará a ser predominantemente
> omnivero.
> Como tal não há que mudar somente a alimentação mas sim toda a nossa
> postura neste mundo.
>
> Ana Cristina
>
> (Por: Ana Cristina)
Bonita forma de encarar a Vida.
Identifico-me bastante com as tuas palavras, também eu sou vegetariana há cerca de dois anos e a razão que me levou a essa escolha não foi por motivos de saúde mas sim de respeito pela Vida.
Realmente são poucas as pessoas que questionam a "herança" que a sociedade lhes lega: "comem carne porque os outros também comem, porque sempre foi assim..."
Respeito qualquer forma de Vida, porque penso que todos têm direito a Viver e o "homem" não necessita de matar para se alimentar uma vez que o planeta tem recursos suficientes para que este se alimente de forma adequada.
E como costumo dizer: "as pessoas definem-se não pelo que dizem mas sim pelo que fazem..." e tu és o exemplo disso!
Tudo de bom para ti e que continues a ser um um "exemplo" de que a essência do "Ser Humano" é simplesmente o "Amor", basta para isso deixar cair o "véu"!
Embora esteja totalmente de acordo, reconheço que raras são as pessoas que passam tão rapidamente de um regime alimentar para outro completamente diferente, sem terem algumas recaidas pelo meio. A grande maioria das pessoas não o faz nem mesmo quando a sua própria saude está em risco e dificilmente o fazem por questões "humanas", como muito bem lhes chamou.
[Por: @ 2006-07-12, 11:17 | Responder | Imprimir ]É isso que a observação me tem mostrado.
Não acho mal que a mudança de regime alimentar seja feita de forma gradual ( eu assim o fiz) uma transição natural, que demora algum tempo e onde se vai substituindo gradualmente determinados alimentos. Mas também não acho mal que seja feita de uma forma brusca, rápida. Acho contudo que em ambos os casos tem de haver uma base sólida para esta mudança, pois nem sempre vai ser fácil. Existem sempre aquelas ocasiões, como os jantares de natal ou almoços de "negocios", em que todos olham de lado quando dizemos ser vegetarianos. Mas pior do que olhar de lado é o facto de, por vezes, não haver alternativas á carne ou peixe.
Por isso acho muito importante que a passagem para o regime vegetariano seja como reflexo de uma nova actitude perante a vida, quer seja ela de ordem espiritual, ambiental, humana ou de saude ou outra.
Acima de tudo acho que a necessidade de deixar de comer outros animais ou produtos de origem animal faz parte de um processo evolutivo e enquanto a especie humana não evoluir o homem continuará a ser predominantemente omnivero.
Como tal não há que mudar somente a alimentação mas sim toda a nossa postura neste mundo.
Ana Cristina
(Por: Ana Cristina)
[Por: @ 2006-08-14, 05:43 | Responder | Imprimir ]Olá,
Na minha opinião ninguém tem recaídas com uma mudança brusca na alimentação, desde que a faça com consciencia dos nutrientes que precisa em cada refeição. Há muita gente que infelizmente ainda pensa que os vegetarianos só comem saladas, estas pessoas obviamente têm grandes hipóteses de ter problemas de saúde ao tentarem EVOLUIR para uma alimentação vegetariana, pois certamente não fazem ideia de que uma salada não tem hidratos de carbono nem proteinas...
Qualquer pessoa que APRENDA a alimentar-se, não terá problemas nenhuns em mudar repentinamente para o vegetarianismo
andre
> Embora esteja totalmente de acordo, reconheço que raras são as pessoas que
> passam tão rapidamente de um regime alimentar para outro completamente
> diferente, sem terem algumas recaidas pelo meio. A grande maioria das
> pessoas não o faz nem mesmo quando a sua própria saude está em risco e
> dificilmente o fazem por questões "humanas", como muito bem lhes chamou.
> É isso que a observação me tem mostrado.
>
> Não acho mal que a mudança de regime alimentar seja feita de forma gradual
> ( eu assim o fiz) uma transição natural, que demora algum tempo e onde se
> vai substituindo gradualmente determinados alimentos. Mas também não acho
> mal que seja feita de uma forma brusca, rápida. Acho contudo que em ambos
> os casos tem de haver uma base sólida para esta mudança, pois nem sempre
> vai ser fácil. Existem sempre aquelas ocasiões, como os jantares de natal
> ou almoços de "negocios", em que todos olham de lado quando dizemos ser
> vegetarianos. Mas pior do que olhar de lado é o facto de, por vezes, não
> haver alternativas á carne ou peixe.
>
> Por isso acho muito importante que a passagem para o regime vegetariano
> seja como reflexo de uma nova actitude perante a vida, quer seja ela de
> ordem espiritual, ambiental, humana ou de saude ou outra.
>
> Acima de tudo acho que a necessidade de deixar de comer outros animais ou
> produtos de origem animal faz parte de um processo evolutivo e enquanto a
> especie humana não evoluir o homem continuará a ser predominantemente
> omnivero.
> Como tal não há que mudar somente a alimentação mas sim toda a nossa
> postura neste mundo.
>
> Ana Cristina
>
> (Por: Ana Cristina)
(Por: Andre)