Transporte de animais

Todos os anos milhões de ovelhas, porcos e bovinos, são transportados através da Europa. Frequentemente em viagens extremamente longas e em condições desumanas.
Estas viagens, além da tortura que representam para os animais, propagam doenças.

Um exemplo é a febre aftosa, que assim foi transmitida do Reino Unido para a França e a Holanda. Os cordeiros são enviados por transporte terrestre para os mercados. Estes mercados são locais ruidosos, mal cheirosos e cheios de pessoas desconhecidas. Os animais são obrigados a ficar de pé horas seguidas, em cercados tão pequenos que não podem sequer deitar-se. Não dispõem de água, e nos dias de verão podem ficar desidratados. São levados em camião para o porto de Dover. Daí atravessam o Canal da Mancha por barco. No continente são levados à Bélgica ou Holanda e, 24 horas mais tarde, muitos dos animais são re-exportados para o sul da Europa.
Nestes percursos são amontoados em camiões com ventilação insuficiente, e de modo geral não recebem comida nem água, mesmo em viagens de 40 ou mais horas.

A Comissão Europeia já em 1993 reconheceu que as leis que garantem o minímo bem-estar para os animais nestes transportes estavam a ser ignoradas.
Nos processos de carga e descarga são pontapeados, castigados e arrastados pelas patas. É frequente o uso de um aguilhão eléctrico.
Com as más condições o calor converte-se num inimigo mortal, cuja gravidade é proporcional à duração da viagem.
Uma viagem desde o norte do Reino Unido até Grécia, passando pela Bélgica ou Holanda, e o porto de Bari (no sul de Itália) dura no minímo 60 horas. A duração pode, contudo, ultrapassar as 100 horas.
Em certas ocasiões os camiões têm de esperar nos portos, desde várias horas até 2 dias, por um barco. Neste interregno os animais não são descarregados nem assistidos.

A Europa inteira é entrecruzada por estas viagens. Cerca de um milhão de leitões para engorda são exportados da Holanda para Espanha e Itália. A Holanda exporta, igualmente para abate, cerca de um milhão de porcos por ano. Bovinos e bezerros são transportados desde a Irlanda a Espanha e Itália.
A Espanha exporta ovelhas que serão abatidas na Grécia. Mais de 100.000 cavalos são levados cada ano desde a Europa de Leste à UE em viagens que podem durar até 90 horas. Na Hungria (apenas a meio do caminho para Itália) encontram-se já numa condição deplorável: exaustos, feridos, desidratados, mortos ou moribundos. Os que tombam sem forças são brutalmente espancados para que se levantem. . Os mais fracos ou feridos são tratados com crueldade para se moverem. Os que têm fracturas são levantados e pendurados pelas patas com cordas. Assim são deixados num camião que os levará ao matadouro. No matadouro, por fim, são frequentes práticas de abate ilegais. O animal abatido nem é aturdido (tornado inconsciente) antes que lhe seja cortada a garganta. A maior parte das vezes demoram vários minutos a morrer.

Inúmeros bovinos são exportados da EU (Alemanha, Irlanda e França) para o Médio Oriente e o Norte de África (especialmente o Líbano).
Este comércio recebe importantes subsídios denominados "restituições à exportação". Estas ajudas não têm o objectivo de melhorar as condições dos animais, mas sim incentivar a exporação. Os contribuintes estão a subsidiar o negócio sob o único objectivo de enviar fora das fronteiras o excedente de carne produzida.

Em relação às condições dos matadouros não é necessário sair do nosso continente para encontrar exemplos típicos dos métodos utilizados. Associações pela defesa dos animais já denunciaram práticas desumanas na Grécia, Itália, Espanha, França e Bélgica.
Os animais são arrastrados pelas patas detrás com a cabeça pelo chão. Os processos de abate às vezes são tão ineficientes que eles correm o risco de recuperar a consciência enquanto estão em fase terminal.



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/Article-44-Transporte-de-animais.html

Inserido em: 2002-05-09 Última actualização: 1999-11-29

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Defesa Animal



Comentários



Para os que criticam os vegetarianos

É impressionante como conseguem comer carne depois de se enformarem das condições em que os animais são transportados e abatidos... e correm o risco de contraírem doenças devido a esse consumo, pois com a quantidade de químicos e hormonas que injectam nos animais, com a forma desumana como são tratados e criados, é natural que apareçam cada vez mais doenças novas (gripe das aves; doença das vacas loucas etc.) e é tão estúpido que transportem os animais nestas condições, porque afinal mesmo não tendo sensibilidade nenhuma para com os direitos dos animais, vão "precisar" deles e pelo menos deviam pensar em manter um organismo são e saudável, pelo menos! É cruel... Mas na verdade o maior animal é o homem que mesmo tendo inteligência e consciência continua a seguir os seus instintos e a promover o desrespeito! Afinal onde esta o racional nisto?! Até os animais chegam a ser mais racionais que muitos homens!

[Por: 0 @ 2010-06-06, 22:19 | Responder | Imprimir ]


É por situações destas que eu me tornei vegetariana. É realmente indecente... enfim.
(Por: Ana Ferreira)

[Por: @ 2010-01-31, 19:36 | Responder | Imprimir ]


covardia

o que fazem com esses animais é cruel e desumano,esses covardes deveriam passar pelo mesmo sofrimento para sentir na pele .Eu me envergonho da especie humana.
(Por: lilian f. m. pinheiro)

[Por: @ 2008-06-20, 21:51 | Responder | Imprimir ]


crueldade

Penso k nos seres humanos nunca vamos respeitar os animais como merecem...somos demasiado egoistas e crueis...por mim mudaria tudo isto, mas e impossivel..infelizmente!!!!
(Por: Bruna)

[Por: @ 2007-10-11, 12:47 | Responder | Imprimir ]


transporte de animais

Se todo ser humano se colocasse nolugar destes animais deixariam imediatamente de fazer parte deste "assassinato" cruel e seriam vegetarianos,fico mto triste em pensar q estamos tao longe de uma realidade melhor para nossos amiguinhos,rezo toda noite para que isso mude.
(Por: Regina)

[Por: @ 2007-09-09, 00:24 | Responder | Imprimir ]


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